segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um intrigante asteroide em órbita retrógrada



A descoberta de um asteroide com dois a três quilômetros de largura numa órbita em sentido contrário (retrógrada) tem deixado aos astrônomos intrigados. O bólido passará mais perto da Terra que nenhum outro objeto em órbita "retrógrada", e os astrônomos dizem que o objeto deveria ter sido melhor observado antes.

O objeto, conhecido como 2009 HC82 foi descoberto pelo Estudo do Céu Catalina, no Arizona, Estados Unidos, na manhã de 29 de abril de 2009.

A partir das observações de sua posição por parte de cinco grupos diferentes, Sonia Keys do Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional (IAU) calcula que o pequeno astro orbita o Sol a cada 3,39 anos, percorrendo um caminho que perfaz menos de 3,5 milhões de quilômetros da órbita terrestre. Combinado com seu tamanho, isto faz que o 2009 HC82 seja considerado um asteroide potencialmente perigoso.

O que é realmente atípico é que a órbita calculada está inclinada 155° com relação ao plano da órbita terrestre. Isto significa que, quando ele orbita ao Sol, em realidade viaja em sentido contrário, se comparado com a órbita dos planetas. O 2009 HC82 é o vigésimo asteroide em uma órbita retrógrada conhecido. Ele faz parte de um grupo muito raro, no entanto, nenhum dos demais se aproxima tanto da Terra.

Os cometas, que se originam além dos limites exteriores do Sistema Solar, são bem mais prováveis de transitarem em órbitas retrógradas do que os asteroides. Em parte, isto se deve a que as estrelas ou planetas que estão de passagem podem “empurrá-los” gravitacionalmente para fora de suas órbitas originais e leva-los a caminhos incomuns, lançando-os ao Sistema Solar interior, onde temos a oportunidade de detecta-los.

Alguns asteroides retrógrados podem ser cometas queimados, diz Brian Marsden do Centro de Planetas Menores. O tamanho e a forma da órbita do novo asteroide "é muito similar à do cometa Encke, exceto por sua inclinação", ainda que não mostre sinais de uma cauda de cometa, disse Marsden a New Scientist.

A órbita calculada é a que melhor se encaixa com as observações disponíveis, porém, pequenos erros observacionais podem fazer uma grande diferença nos cálculos. "Estaria mais contente se tivéssemos realizado algumas observações a mais", afirma Marsden.

O asteroide está situado agora além de Marte, mas devido à sua órbita, periodicamente ele é trazido para bastante próximo à Terra. "Deveria ter sido facilmente observável em 2000", diz Marsden. "Mas então, por que não o vimos?" Ele espera que novas observações ajudem a responder esta pergunta.

(fonte)

3 comentários:

Anônimo disse...

Aonde está a sexta parte do webbot????????????????????????
ESTAMOS APREESIVOS,POR FAVOR NOS DIGA QUANDO VC IRÁ POSTA-LA.

ABRAÇOS.

Kahall disse...

onde estáa nova perte do webbot?

Cassia Candido disse...

Eu gostaria de saber se corremos algum risco? poderia ser o fim do nos planeta se serem atingido por esse asteroide

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