Nos últimos dias, contudo, têm sido insistentes as projeções de algumas simulações computadorizadas quanto à formação de baixas com centro quente (warm core), logo tropicais, ao largo das costas do Sudeste. Tanto que na previsão do tempo que publicamos nos jornais do Grupo Sinos, na Grande Porto Alegre, chegamos a acusar o fato na edição de segunda-feira (1/3).
Mais importante do que se fixar em saídas de um ou dois modelos, que projetam cenários para daqui a cinco ou sete dias, a informação mais relevante é a condição geral oceânica-atmosférica que se tornou propícia à formação de ciclones tropicais. Nunca, desde 2004, a costa brasileira esteve sob uma condição tão favorável à formação de um ciclone de natureza tropical (tempestade tropical ou furacão).
Ocorrerá ? O tempo dirá !
Muito antes de motivo para um alarme público, a condição geral deste começo de mês deve servir para um estado de alerta redobrado por meteorologistas e autoridades de defesa civil. Até que um sistema se forme, efetivamente, ou haja uma substancial conformidade dos modelos de previsão, o cenário não exige mais que um estado de atenção redobrada.
Um quadro, por exemplo, que deve ser atentamente monitorado, e que neste momento não justifica qualquer alerta extraordinário, uma vez que indicado por apenas dois modelos e ignorado pela maioria dos demais, ainda por cima projetado para daqui a quatro ou cinco dias, é a formação de um sistema de baixa pressão na costa de São Paulo que ao se segregar da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) migraria para Oeste, trajetória atípica, em direção aos litorais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul à medida que iria se aprofundando, padrão semelhante ao Catarina.
Um comentário:
E tinha que vir bem onde eu estou!
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