quinta-feira, 14 de maio de 2009

Obama adverte Israel para não atacar o Irã

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou um emissário especial ao primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, para adverti-lo a não atacar o Irã, segundo informações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal israelense Haaretz.

A informação foi divulgada depois de vários pronunciamentos de líderes políticos e militares de Israel, que indicariam a intenção israelense de atacar o Irã para impedir que o país produza uma bomba nuclear.

Segundo a manchete do jornal Haaretz, Obama resolveu não esperar até seu encontro com o premiê Netanyahu - marcado para a semana que vem, em Washington - e enviou de maneira secreta e urgente o emissário especial para advertir o governo israelense "que não surpreenda os Estados Unidos com uma operação militar contra o Irã".

O medo de que a existência do Estado de Israel pudesse estar em risco por causa do programa nuclear iraniano foi um dos principais temas da campanha eleitoral de Netanyahu que, desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, vem repetindo que "fará tudo o que for necessário para impedir um segundo Holocausto".

Segundo o analista Aluf Ben, "Netanyahu realmente acredita" que o perigo iraniano é semelhante a um "segundo Holocausto". Ben também afirmou que o premiê diz isso não apenas para a mídia, mas também em "salas fechadas, para as pessoas mais próximas".

A imprensa local e internacional vêm divulgando informações sobre treinamentos militares da Força Aérea israelense para um suposto ataque ao Irã.

Segundo o semanário frances L'Express, aviões da Força Aérea israelense realizaram operações na região do estreito de Gibraltar - que incluíram abastecimento de combustível durante o voo - "para se preparar para atacar as instalações nucleares do Irã".

As autoridades israelenses não confirmaram nem desmentiram a informação do semanário francês. O chefe do Estado Maior do Exército israelense, general Gabi Ashkenazi, declarou, no dia da memória aos soldados mortos nas guerras de Israel, que o Exército está pronto para qualquer ação que seja necessária, "inclusive contra alvos distantes".

O uso da palavra "distantes" por Ashkenazi foi interpretado como uma referência ao Irã. O Comando da Retaguarda do Exército israelense anunciou para o próximo mês de junho "o maior treinamento da retaguarda já realizado na história do país".

O treinamento deverá incluir todos os habitantes de Israel, que serão instruídos pelas autoridades sobre como agir caso haja ataques de mísseis contra o território israelense.

Todos os habitantes receberão informações sobre os abrigos antiaéreos mais perto de suas residências e, em cada região, os moradores serão informados de quantos minutos ou segundos terão para procurar o abrigo mais seguro possível, caso sejam lançados mísseis contra o território israelense.

(fonte)

Um comentário:

Walder disse...

Como vai haver um treinamento em junho, até lá nada deve acontecer!
Mas um ataque desses será inevitavel se Obama não conseguir convencer o Irã a não produzir armas nucleares. Obama está sendo inocente pois um país quando faz uma bomba desses nunca admite até o dia de explodir o primeiro teste.
Se o irã for atacado e revidar será impossível não envolver as tropas americanas que estão no iraque.
Eu assisti pela televisão a guerra Irã e Iraque no começo da década de 80. O Iraque tinha o mais avançado armamento do mundo, e ainda assim não conseguiu derrotar o irã. As tropas iranianas avançavam com centenas de milhares de soldados.
Desde essa época os iranianos foram incentivados a ter muitos filhos para produzirem soldados para uma futura guerra com o ocidente.
Embora as mulheres sejam muito discriminadas no governo xiita, elas também treinam no uso de armas.
O Irã está preparado para tudo. Estará o ocidente preparado para um fechamento do estreito de Ormuz onde passa a maior parte do petróleo consumido no mundo?

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